terça-feira, 25 de agosto de 2015

Tu, Tu e só Tu

E mais uma vez não consigo dormir, algo me faz perder o sono como em tantas outras noites. Acho que o mais acertado é dizer que alguém me faz perder o sono, afinal é esse alguém que ocupa todos os meus pensamentos e não me liberta nem para me dar umas horas de sono, sinceramente não percebo o porquê de me invadires o pensamento, já deverias ter desaparecido da minha memória e do meu coração, mas há sempre alguma coisa que me dá motivos para não te deixar ir, mas sabes, eu preciso mesmo de me libertar de ti, preciso que me deixes de vez, preciso de te esquecer tal e qual como tu me esqueceste. Fazes com que me sinta uma peça dispensável nesse teu jogo do engate, só é pena que sejas uma peça indispensável no meu jogo, na minha vida, em mim, afinal já foste parte de mim, temo que ainda o sejas e que nunca deixes de o ser, o medo de nunca te esquecer aumenta a cada hora do dia, se soubesses a quantidade de vezes que penso em ti assustavas-te e mandavas-me internar.
Gostava de acreditar em tudo o que me dizes, gostava de acreditar que sou tão importante para ti como tu és para mim mas, não consigo, podes dizer que é graças ao meu passado, talvez seja, mas simplesmente não te consigo ver a amar uma pessoa como eu, uma pessoa que magoa os que mais ama, quero acreditar nos teus 'amo-te', era o que mais queria, essa palavra que vinda de ti me dá a maior das alegrias e o maior das duvidas, penso noites a fim se o que me dizes a mim dizes a mais alguém afinal, sou uma bruta, insensível que pôs fim àquilo que lhe fazia bem. Eras o motivo pelo qual acordava bem disposta, pelo qual adormecia com um sorriso no rosto, o motivo que me fez odiar todos os fins de semana e me fez adorar as segundas feiras, dizias sentir exactamente o mesmo em relação a mim mas, nunca acreditei, quando te via com outras as minhas inseguranças tornavam-se em certezas, talvez todas essas certezas fossem erradas, nunca saberei, a única coisa da qual tenho todas as certezas do mundo é que és Tu, Tu e só Tu, és Tu quem eu amo e disso tenho a certeza. Não consigo esquecer um único momento passado a teu lado, todos esses momentos aparecem como sonhos na minha memoria, sonhos que se tornam em pesadelos, desculpa me por te dizer isto assim mas, tu és o meu maior pesadelo, voltar a falar contigo só me fez lembrar do quanto te amo e do quanto te quero, eu quero-te com todo o meu miserável ser, eu quero-te para mim sem ter que te partilhar com mais ninguém, pior que tudo, eu quero-nos a nós, quero-nos juntos e isso é tudo aquilo que não deveria querer.
És o meu pesadelo porque me fazes amar te mesmo sem eu querer, odeio-te por isso, odeio-te por não me deixares deixar-te, odeio-te por seres essa pessoa magnifica, odeio-te por me teres na palma da tua mão, odeio os teus olhos, odeio o teu cabelo, odeio os teus lábios, odeio as tuas orelhas, odeio os teus sapatos, odeio o teu tom de pele,odeio tudo em tu e odeio-te porque te amo! Amo-te mais do que algum dia amarei a mim mesma e isso está totalmente errado.
Por favor deixa-me sair deste jogo, faz com que a minha peça vá para fora de jogo e nunca mais volte, liberta-me de ti, liberta-me deste amor, por favor.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Agonia

É tudo muito vago e quanto mais me perco mais me encontro no que quero ser. Quero ser eu quando não estou contigo, ser eu mesma quando estou longe de ti. Mostrar aos outros o quanto o meu sorriso resplandece e as minhas lágrimas purificam. A pureza que agora mora longe, deixou-me assim. Numa doce e triste melancolia que me leva a pensar o que seria de mim jamais te tivesse conhecido. E agora, de óculos postos, oculto tudo o que já mostrei. O espelho da minha alma sôfrega em suaves gotas de álcool. A agonia do meu ser.

"Se o amor é cego, então nunca acerta o alvo"

E aqui estamos nós, mais uma vez. Depois da mulher estátua voltou a revolta.
Voltamos á rotina do diz-que-disse. Do diz e desdiz, do diz que "te quero tanto" partilhado com dúzias e repetido e imitado mil e quinhentas vezes. E é então que volto á instabilidade e ao toque frenético e ao dedilhado louco no meu blog. E é aqui que tenho a inspiração: más atitudes de outrem.
Atualmente reflito sobre o conceito de "amor partilhado", ao que parece não é tão atual quanto isto. Desde sempre que há uma tendência natural para fazer crer que o amor é eterno apenas pela curiosidade de o dizer e depois, a destruir por completo qualquer ideal. Ora bem.
Dos assuntos que mais adrenalina me dá será este, pelo simples facto de saber tão bem que toda a gente sofre do mesmo mal. Quantas vezes já ouvi repetidamente "amo-te", "és tu quem eu quero", "FAZES-ME BEM"? Exato. E quantas vezes é que já não vi essas palavras viradas contra mim em discussões fúteis? "Tudo o que fazes, faz-me sentir tão mal". Meus caros, a verdade é simples. Quando eu gosto, não magoo. E quando o faço não é propositado e logo o remedeio.
Enfim, para além disto, quantas vezes já não vi as palavras outrora destinadas APENAS E SÓ a mim serem distribuídas como panfletos de uma discoteca In para angariar clientes? Demasiadas.
Saberia bem dizer que 'já chega' e 'desta vez, acabou'. Mas lá está, não acabou. Porque nunca acaba.
Eu revolto-me, eu rejeito. Fico enraivecida e tento destruir tudo e planear uma vingança muito fria só para cortar o mal pela raiz. Até que vem a instabilidade.
Fico louca só de pensar que estou a acabar com uma coisa que OUTRORA foi tão boa. E é então que desisto e volto a mumificar todas as minhas ações.
Boa. E agora? Ele repete a treta toda do 'és perfeita e quero ficar contigo' para toda a gente que aceita essas palavras? E eu?
Simples. Shakespeare disse em Romeu e Julieta: 'Se o amor é cego, nunca acerta o alvo', ao que parece este é o mal de que tantos sofrem. O amor cego que vai testando e testando cada pessoa, levando a paixão e depois tirando-a, friamente.
É compreensível o amor é cego. Mas e o outro? O que vou fazer de mim que o vejo?
Eu vejo de quem eu gosto e o porquê de o fazer? Eu vou ficando aqui, revoltada com o que ainda vejo até que finalmente algo me cegue e eu deixe de te ver, finalmente.

domingo, 20 de julho de 2014

Mulher estátua

Desde um sorriso esmorecido a um abraço que se esconde no vento. Tudo o que não quero mostrar flutua em expressões que me fogem discreta e silenciosamente entre os dedos, "meu amor".
Todo o vazio que tento forçosamente manter é de todo o mal ou nenhum bem que erradico de mim. Vou ferir e magoando, vou tirando um a um espinhos que outrora me mostraram muito mais que rosas. Peço aos céus e a tantas outras entidades divinas que tenha nunca de esboçar nos meus lábios um "adeus" doloroso porque em tudo revejo em mim pequenas e cheias partes de ti. Vou desconfiando, por agora. Não és inocente, mesmo não sendo eu a melhor e mais parcial juíza.
Tanto acto e eu sem ver efeito. Por enquanto não me movo por nada nem para nada.
Porque no fim... Se confias, não questionas.
Se, pelo contrário, desconfias, não amas.
Se amas, ficas.
Se não aguentas, desconheces o resto.

Tudo tem uma razão mesmo que não aparentee por isso mesmo aqui fico eu, quieta no meu sítio. Fico aqui tal e qual uma mulher estátua.

Sobrevivendo continuo

Sobrevivo, luto, resisto e não desisto. Paixão hábil de fazer tombar, e sorrir.
No Passado? Tropecei.
Sofri, chorei, aguentei uma dor insuportável. A dor essa, que remói, a dor que dói e custa a passar, a dor que sôfrega sentimentos e abole todas as esperanças.
Paixão insuportável, enfadonha e detestável.
Regresso impossível, progresso inevitável.
Remate de amores-perfeitos inexistentes, de sofrimentos constantes e de paixões impossíveis.
Fim próximo do suposto inicial de bem-querer, nunca nada dura mais que hoje e possibilita a hipótese do amanhã a dois.

Infelicidade duradoura, alegria repentina, paixão imprevista, reviver da mesma cena.

Durante a tua ausência

Durante a tua ausência supliquei a mundos e fundos que me fosse retirado o coração de tamanho suplício que não era te ter.
Durante a tua ausência fingi não sentir mais nada, fingi uma memória que te apagava maioritariamente de mim, fingi um esquecimento, fingi-te.
Durante a tua ausência liguei-me a conexões desconexas que pela primeira vez fizeram algum sentido!
Durante a tua ausência acreditei no impossível, acreditei em hipóteses e probabilidades matematicamente calculadas na esperança de uma vida.
Durante a tua ausência fui "feliz".
Atingi um clímax de felicidade que nem eu mesma o compreendi.
A névoa dissipou-se, o frio foi aquecido, a cabeça preenchida e o resto completo.
E quando estava realmente a estimar, apareceste.
Deixaste-me a cabeça em água, fizeste-me pensar e repensar no que eu já tinha planeado.
Todos os meus planos, descobertas e maquiavélicas vinganças só por piada. Agora tenho ambições cortadas mas desejos ínfinitos.
Tenho uma grande amargura recente mas uma paixão acesa.
Tenho o que a razão manda mas não o que o coração respeita.
Tenho uma felicidade relativa mas não uma ambição pelo abismo.
Tenho segurança mas não borboletas na barriga.
Tenho o que devo mas não o que quero.
Durante a tua ausência, fui o que não sou.
Agora pergunto qual, a escolha de pessoa a ser?

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Enquanto aqui estiveres

Enquanto aqui estiveres não precisarei de ser uma outra pessoa ou de fingir perceber.
Enquanto aqui estiveres tudo será misterioso e armadilhado de entender.
Enquanto aqui estiveres aperceber-me-ei do quanto perdi e do quanto estou a ganhar.
Enquanto aqui estiveres terei nervosismo de ter realmente algo que me toque ou alguém que me mostre o que quero ver.
Enquanto aqui estiveres serei verdadeiramente feliz.
Mas, no entanto, quando tudo acabar e a minha dependência se tornar independente, tornar-me-ei miserável.
Porque enquanto aqui estiveres tudo o que ansiava, todos os receios e questões pendentes se tornaram o mínimo dos meus problemas e preocupações. Tudo o que havia sido tão perfeito, tornar-se-á agora Insuportável. Enquanto aqui estiveres foi o melhor pedaço de céu que caiu sobre mim, mas... E quando te fores embora?